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Não frite o seu ligante asfáltico

O envelhecimento de um ligante asfáltico pode ser definido como sendo o processo de enrijecimento que esse sofre durante as etapas de estocagem, usinagem da mistura, aplicação e vida útil da mesma.

O envelhecimento é o responsável pela alteração de características físicas, químicas e reológicas dos ligantes causando um aumento da sua consistência (TONIAL, 2001).

Uma das questões mais importantes na química do ligante asfáltico e do modificador usado (Polímero) é identificar os processos que ocorrem durante o envelhecimento.

Esses processos envolvem o envelhecimento do ligante, o envelhecimento do polímero, ou ambos ao mesmo tempo (MOUILLET ET AL. 2008).

Além disso, a maioria dos ligantes asfálticos modificados por polímeros possui uma estrutura de duas fases feita de áreas ricas e pobres em polímero, dependendo da química do ligante e da natureza do polímero. A reologia nos mostra que existem “polímeros e polímeros, ligantes e ligantes”. Não pense que é tudo igual, pois não é.

O envelhecimento sofrido pelo ligante asfáltico durante sua estocagem, transporte e aplicação é chamado de envelhecimento de curto prazo, é simulado em laboratório através da estufa de RTFOT – Figura acima.

Como todo material orgânico, o ligante asfáltico é susceptível às alterações em suas características mecânicas, químicas e microestruturais na presença de oxigênio, água, calor, luz do sol e intempéries. A estas mudanças é dado o nome de envelhecimento, caracterizado, em geral, por um endurecimento do material, resultado do aumento da sua viscosidade e da redução da sua flexibilidade. Em consequência, a camada asfáltica se torna mais quebradiça e propensa a trincamentos, sejam estes de origem térmica ou por fadiga, além de problemas como desgaste, desagregação e formação de panelas. Em contrapartida, o envelhecimento reduz a plasticidade do ligante asfáltico, diminuindo a susceptibilidade da mistura asfáltica ao acúmulo de deformações plásticas (LU et al., 2008; LEE et al., 2008; HOU et al., 2018; ZHANG et al., 2018; DURRIEU et al., 2007; NASCIMENTO, 2015; HOFKO et al., 2017; BELL et al., 1994).

Em função das diversas modificações no arranjo molecular e na composição química após o envelhecimento, observam-se mudanças no comportamento reológico dos ligantes asfálticos. Uma dessas alterações é o enrijecimento dos ligantes que geralmente torna as misturas asfálticas difíceis de serem compactadas e menos resistentes ao dano (HUANG et al., 2005; BONAQUIST, 2005; MCDANIELS et al., 2007; LI et al., 2008; DANIEL et al., 2010; COPELAND, 2011).

Para ligantes asfálticos modificados por plastômeros, após envelhecimento, há um aumento do módulo complexo e diminuição do ângulo de fase. Por outro lado, para asfaltos modificados por SBS, há diminuição do módulo complexo e aumento do ângulo de fase. Existe uma significativa diferença entre os polímeros a altas temperaturas no que diz respeito à resistência à degradação (ISACSSON & LU, 2000).

Procure respeitar a curva Temperatura x Viscosidade que seu fornecedor de ligantes asfálticos fornece. Essa curva deve ser confirmada e/ou adaptada para as condições de usinagem e compactação. Procure também saber mais sobre a reologia do ligante, isso lhe dará mais segurança para tomada de decisões.

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