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Qual o tipo de asfalto mais utilizado em vias urbanas?

Saiba qual o tipo de asfalto é mais utilizado na pavimentação de vias urbanas de grandes cidades e quais as suas características.

Não há apenas um tipo de asfalto como o mais utilizado nas grandes cidades, pois isso depende de diversos fatores que vão desde o volume de tráfego, se leve ou pesado, condições climáticas e tipos de topografia.

No entanto, os mais comuns são as variações do CBUQ – Concreto Betuminoso Usinado a Quente com o ligante asfáltico Cimento Asfáltico de Petróleo – 50/70, muito utilizado em vias urbanas com os mais diversos volumes de tráfego.  

Cimentos asfálticos de petróleo

Por suas características e qualidades, assim como pela facilidade na aplicação, o CAP-50/70 é muito utilizado na pavimentação de vias urbanas. Durabilidade e resistência também são fatores que o levam a ser escolhido para o uso nas cidades.

Os asfaltos nas cidades

Entre os vários problemas enfrentados pelas prefeituras municipais está a viabilização de pavimentos de baixo custo em ruas que apresentam a solicitação de tráfego local. Além disso, as condições geométricas das vias apresentam comprometimentos, sem as guias e passeios que oferecem segurança aos pedestres e direcionamento de águas pluviais. Com esse cenário, as soluções apresentam custos elevados, tanto nos serviços de terraplenagem quanto para confecção das novas camadas.

Para diminuir esse impacto, as soluções de aplicação de emulsão asfáltica catiônica em técnicas como Tratamentos Superficiais, Lama Asfáltica, Microrrevestimento Asfáltico a Frio ou Tratamentos anti-poeira com poder aglomerante, formando uma película residual suficientemente resistente a pequenos esforços gerados por tráfego local, diminuindo inicialmente os aspectos negativos gerados pela poeira nos dias de sol e da lama nos dias de chuva.  

Essas técnicas estão baseadas numa definição de “Pavimentação por Etapas” que deverá ser reforçada logo que houver desgaste excessivo ou incremento do tráfego. Para que a vida útil do revestimento se estenda deverão ser compulsadas as informações climatológicas locais para o reconhecimento do regime de chuvas, temperaturas, horas de insolação e umidade relativa do ar. 

A importância da análise do tráfego

O tráfego, igualmente, deverá ser alvo de análise para identificar volume e composição, horas de pico, etc. Outros detalhes não menos importantes a serem levantados: características geométricas (plani-altimétricas) do traçado e alternativas de deslocamento do fluxo de veículos.

As informações que resultarão do reconhecimento acima permitirão não só orientar o desenvolvimento do projeto e dosagem, mas também, aconselhar a adoção de procedimentos executivos específicos.

A estabilização betuminosa ocupa um espaço ainda pequeno no campo das alternativas utilizadas em larga escala pelos órgãos rodoviários, porém na década de 70 obteve algum destaque em estados nordestinos, como o Maranhão e o Piauí, por iniciativa do engenheiro Humberto Santana em conjunto com engenheiros rodoviários locais. 

Verificou-se à época que, segmentos de pavimentos com tratamentos superficiais simples com areia (ou tratamentos contra pó) poderiam sob certas condições apresentar vida útil de mais de 7 anos com tráfego superior a 200 veículos/dia. Observa-se que não haviam ocorrido serviços de conservação neste segmento. Estas condições singulares de bom desempenho foram comparadas com outros segmentos, onde ocorreram patologias esperadas, buscando obter os motivos para o sucesso encontrado.

Conforme citado pelo engenheiro e professor, o problema dos tratamentos superficiais delgados reside na esbelta camada de material betuminoso que envolve os agregados e penetra na base, compreendida pelo revestimento e imprimação. 

Esta “película” está suscetível às falhas construtivas e esforços de tráfego que poderão acelerar um processo de desagregação que deixará exposta uma pequena área de base. Intempéries e abrasão do tráfego promoverão a rápida evolução da panela comprometendo a serventia da via (Santana, 1976), (Santana, 1977). Se a base for reforçada com a incorporação de material betuminoso, mesmo com a capa selante sobre a mesma, ela se tornará mais resistente à ação d’água e abrasão do tráfego, podendo suportar um tempo maior sem comprometer o tráfego, até a chegada dos serviços de conserva.

A ação do ligante asfáltico se dá de dois modos: sobre os grãos finos, inibindo ações expansivas, formando um mástique que envolve os agregados maiores, ou sobre o próprio agregado graúdo formando uma película que incrementa o atrito entre grãos, aumentando a coesão da camada. 

Estas ações do ligante asfáltico, desde que não esteja em excesso sobre o solo, aumentarão a resistência da camada superficial da base, principalmente, à abrasão do tráfego. Qualquer “falha” construtiva na capa selante deixará exposta uma base mais resistente à desagregação, onde será mais difícil a saída dos agregados graúdos superficiais, ação esta, que aparentemente, é a maior responsável pelo início das panelas e consequente deterioração da pista.

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