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Estocagem e patologias das emulsões asfálticas. Vamos economizar milhões?

ESTOCAGEM DAS EMULSÕES ASFÁLTICAS

A natureza da água e do asfalto é se separarem, portanto armazenar emulsões asfálticas representa um obstáculo adicional, que deve ser encarado de forma séria e segura.

O armazenamento e manuseio inadequados podem comprometer a qualidade e o desempenho da emulsão asfáltica.

Os tanques verticais são os mais recomendados para estocagem das emulsões asfálticas. Os tanques horizontais são mais suscetíveis ao desenvolvimento das “cascas” ou “franjas” nas suas paredes interiores, ocasionando entupimento de válvulas e bombas. Os reservatórios horizontais devem ser utilizados para curtos prazos de estocagem. Tanques horizontais são muito grandes e expõem a emulsão ao ar em sua superfície, causando uma pele na superfície da emulsão. Os tanques verticais são melhores porque minimizam a área da superfície exposta ao ar.

As emulsões atualmente possuem diferenciais importantes, são mais estáveis e dependendo do seu fornecedor não precisam de muita agitação no tanque. Pás laterais ou agitadores com um pouco de movimento são melhores. Recomenda-se uma agitação leve e suave. As hélices devem ser grandes e viradas devagar para circular suavemente o material e só devem ser usadas quando houver emulsão suficiente para uma mistura adequada.

CUIDADOS NO DIA-A-DIA DE TRABALHO: 10 ítens que se observados manterão as emulsões asfálticas com ótima qualidade, sem desperdícios e perdas para sua obra.

  1.  As emulsões dos tipos rápidas(RR) e médias(RM) podem ser estocadas em temperaturas variando de 20ºC a 60ºC, já as lentas(RL) na faixa de 10ºC a 60ºC, sendo o ideal a temperatura ambiente, não inferior a mínima;
  2.  As emulsões asfálticas jamais devem ser aquecidas acima dos 85ºC. Temperaturas elevadas fazem a água evaporar, aumentando a viscosidade e causando dificuldades para retirá-la do tanque;
  3. Nunca deixe a temperatura das emulsões ficarem abaixo dos 4ºC. Nessa temperatura dá-se início ao processo de cristalização da água, gerando o rompimento da fase aquosa com o ligante asfáltico;
  4.  Evite agitação das emulsões através de ar comprimido, essa prática causa o rompimento da emulsão;
  5.  Quando for necessário o aquecimento, fazer de forma homogênea, circulando a emulsão dentro da tancagem;
  6.  Utilizar bombas com camisa de aquecimento para facilitar a sua partida, os resíduos que ficam dentro da bomba (emulsão rompida) podem danificá-la;
  7.  Não estocar emulsões diluídas.
  8.  Período de estocagem é bem entendido, muito variável e depende dos seguintes fatores:

 – Imperativos da fabricação;

 – Capacidades relativas dos caminhões-tanques de abastecimento e dos caminhões-tanques das obras;

 – Das exigências e eventualidades dos canteiros de obras sendo as intempéries as principais causas de estocagem prolongada;

9. Nunca misture diferentes tipos de emulsões;

10. Tome cuidado ao misturar emulsões de fornecedores diferentes, nem todas as formulações são compatíveis;

As emulsões corretamente fabricadas e estocadas podem durar alguns meses sem nenhum dano. As formas de armazenamento são responsáveis por muitos fracassos das emulsões asfálticas.

PATOLOGIAS NA ESTOCAGEM DAS EMULSÕES

1 – DECANTAÇÃO DA EMULSÃO:

 A decantação provoca uma variação no teor de asfalto conforme o nível, mas não chega a ser um perigo tanto que não acarreta o fenômeno de floculação, mas, todavia ela acontece, devendo-se prever a agitação do ligante como forma de evitá-la.

Os meios de agitação são numerosos, desde os manuais até por meio de bombas, sendo o segundo ilusório caso a aspiração e alimentação estiverem no mesmo nível, preferindo realizar a transferência de um depósito para outro, que pode ser o próprio caminhão espargidor.

 O fenômeno de decantação será ainda tanto mais marcante quanto o tempo de estocagem, portanto, sugere-se que haja agitação a cada 5 dias não trabalhados. Essa agitação, quando feita por bombas de retorno não deve exceder a 30 minutos para evitar as quedas de viscosidade originadas pelo bombeamento que também, pela introdução de ar pode deixar a emulsão instável.

 2 – A PELÍCULA

 Após uma estocagem prolongada, formasse na superfície da emulsão uma fina película de asfalto, que não apresenta nenhum inconveniente, pelo contrário, ela tem a vantagem de proteger o ligante do contato com o ar.

 Dentro deste objetivo, é conveniente colocar os depósitos com uma seção horizontal constante e alimentar esse depósito com ajuda de canalizações mergulhadas de cima para baixo até o fundo.

 3 – FLOCULAÇÃO

 Fenômeno gerado pela aglutinação das moléculas de asfalto. Essa patologia pode ser gerada pela dosagem baixa de emulsificantes, choque térmico ou armazenamento prolongado.

 4 – COALESCÊNCIA

 Decorre da Floculação, as partículas tornam-se maiores pelo processo de aglutinação. Essa condição é responsável pelo elevado índice de vazios gerando densidade menor das misturas a frio quando relacionadas às misturas a quente. As densidades das misturas a frio tendem a aumentar lentamente sob a ação prolongada do tráfego e processo de cura da emulsão.

AQUECIMENTO DA EMULSÃO

 A emulsão asfáltica é um ligante líquido em temperatura ambiente, portanto sem necessidade de aquecimento. Todavia, pode ser conveniente e necessário aquecê-la ligeiramente (nunca ultrapassar os 50ºC) por uma das seguintes razões:

  •  temor da ação da baixa temperatura na estocagem (a partir dos 4ºC a água inicia um processo chamado de cristalização e pode desestabilizar a mistura);
  •  obter uma viscosidade mais baixa (não esquecer que no ensaio de viscosidade a emulsão tem sua temperatura mantida a 50ºC).

 Nestes casos onde o aquecimento é inevitável convém fazer o processo moderadamente evitando rupturas parciais, aparecimento de grumos que são gerados pelo contato com os tubos de aquecimento, sendo indispensável efetuar uma agitação simultânea.

Esteja ciente de que as emulsões asfálticas são sensíveis ao bombeamento. Quanto mais a emulsão é bombeada, maior a oportunidade de contaminação.

Evite bombeamento e recirculação repetidos porque a viscosidade da emulsão pode cair e o ar fica preso, fazendo com que a emulsão se torne instável. É importante bombear a partir do fundo do tanque para minimizar a contaminação da possível formação de pele na superfície.

É aconselhável a colocação de tubos de entrada e linhas no fundo do tanque para evitar a formação de espuma. Também é importante manter um plano de manutenção nas bombas, válvulas e linhas de serviço, de acordo com a recomendação do fabricante.

Boas amostras = Bons ensaios

O treinamento de técnicos em emulsão asfáltica para uma amostragem adequada e teste adequado é um fator chave no manuseio de emulsões.

É importante que um técnico de laboratório conheça os ensaios de análise e desempenho potencial de uma emulsão na rodovia. O objetivo deve ser estabelecer o desempenho potencial da emulsão. 

A amostragem é um aspecto crítico do manuseio de emulsões asfálticas. Uma boa amostragem promove bons testes. O melhor lugar para a amostra de emulsão é do tanque original, onde foi armazenado quando veio do fabricante.

É importante levar amostras do dia-a-dia para certificação do tanque original. Não os leve de uma fonte secundária, como um tanque ou um distribuidor, porque você não sabe o que estava naquele tanque ou distribuidor antes. Pegue a amostra do tanque virgem. 

Boas práticas de amostragem contribuirão para resultados de testes confiáveis. 

Recomenda-se amostragem de emulsão asfáltica do caminhão tanque do fabricante. As propriedades de uma emulsão podem mudar se forem armazenadas por muito tempo – sua viscosidade pode mudar. 

Os padrões das emulsões asfálticas mudaram, de simples tempos de ruptura para sofisticadas com adição de polímeros elastoméricos, controladores de cura e ruptura. 

À medida que a complexidade aumenta, também aumenta sua vulnerabilidade ao manuseio incorreto.

Após o contato com o agregado ou substrato, 4 características se espera das emulsões asfálticas:

  • Aderência e depósito
  • Ruptura e floculação
  • Coalescência
  • Formação do filme asfáltico

Portanto, esteja ciente que sua equipe está gabaritada e treinada para receber, armazenar e aplicar emulsões asfálticas.

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